domingo, 30 de dezembro de 2007

A ULTIMA AVARIA DO ANO

(Vou entrar de rompante, assim como quem nao quer a coisa e desatar a contar a historia rapidinho para ninguém reparar que já nao escrevo há uns tempos....).
Pois ia eu sentadinha no meu bólide, prestes a assapar para chegar ao inferno (=HSJ), quando vejo um indibiduo encostadinho a uma parede... muito honestamente nao me ocorreu nada relativamente a este sinhor, mas como tenho que escrever qualquer coisa, vou inventar que me pareceu algo pensativo e com cara (no caso dele, era mais focinho) de quem estaria a magicar uma maldade! Tinha um ar maquiavélico....
Alheia ao indibiduo segui caminho, e eis quando este salta de trás do muro, desata a correr à frente do meu carro, dá um grito lancinante e se atira para debaixo dos meus pneus! Por momentos pensei...mau... há aqui qualquer coisa que nao bate certo! Nao era suposto ele gritar só depois de levar uma traquitada??
Saí do carro para investigar e logo se ajuntam a mim dois simpáticos transeuntes que me tranquilizam- ó menina, nao lhe bateu.... o gaijo atirou-se para baixo do seu carro! Ó seu impostor, levanta-te que nao enganas ninguém... bêbedo relaxado! E viraram costas e foram embora....
Agradeci e fiquei a admirar a situação. O suicida continuava vivinho da silva debaixo do meu carrinho a fingir-se de morto (só não conseguia era fingir k nao respirava...pormenores), e a única forma de eu seguir o meu caminho era passar-lhe por cima!
- Ei, Ei....onde vao? Perguntei eu desesperada aos transeuntes que se preparavam para abandonar o barco- Nao me vao deixar aqui sozinha com este caramelo.... como é k eu tiro o carro daqui sem lhe passar por cima?
(Eles fingiram nao ouvir, mas eu repeti meia duzia de vezes num tom cada vez mais alto e irritante)
- Ó menina, passe ao lado da cabeça dele...
- Como? entao se ele fingiu o atropelamento, faço ideia o k irá fazer para simular que eu lhe passei uma roda por cima.... (já estava a vê-lo esguichar sangue das orelhas)... por favor ajudem-me a puxá-lo!
Nesta altura já o povo de Matosinhos se tinha juntado à festa e tecia os comentários mais estúpidos.... "ele é um drógado toxico independente", "deve ser um ataque k lhe deu nos miolos", "ele às vezes é epiléptrico e com a bebida fica tolito"
Voltei a suplicar k me puxassem o raio do homem debaixo do carro, e à 27ª vez, um simpatico sinhor acedeu ao meu pedido... Quando já estava a esfregar as maos de satisfação, o morto ressucita e simula um ataquito... Pensei chamar o pessoal de Vilar de Perdizes, mas ainda era longe! Subtilmente empurrei-o, no meio da confusaõ, com a biqueira da minha sapatilha para o passeio, e enquanto o povo discutia quem era a mae dele, pus-me na alheta!!
Ele há gente doida.... e avariada.

PS- No proximo ano prometo contar as aventuras do povo butanes....